inspiração da semana
Na edição passada escrevemos para clarear. Hoje, o foco é outro: como perceber mais (e melhor) para não faltar assunto.
Ideias não aparecem do nada. Elas nascem de detalhes que a maioria das vezes deixamos passar:
Um gesto numa reunião.
Um comentário de cliente.
Uma frase perdida num livro.
Por falar em livro, eu costumo ler com uma caneta à mão. Gosto de grifar, rabiscar e fazer observações sobre trechos que chamam minha atenção. Depois, compilo essas anotações num arquivo e salvo na nuvem pra revisitar sempre que precisar.
Antes de escrever essa edição, peguei The Creative Act e comecei a reler os trechos que me inspiraram. E, logo no começo, Rick Rubin discorre sobre como prestar atenção abre as portas para novos caminhos criativos. Ele chama de tuning in, ou sintonizando.
Serendipity ou coincidência, ao aprender a ligar as antenas e perceber melhor mundo, conseguimos transformar as ordinaridades da vida em matéria-prima. Ou em conteúdo para a semana.
princípio
Quanto mais atento, mais você enxerga pontos de conexão.
Rubin diz: “o mundo é o fazedor e nós somos as testemunhas”.
O que isso significa para nós? Que nosso papel não é inventar do zero, mas testemunhar. Observar o que já está acontecendo e traduzir em algo útil para quem te lê.
Alguns lembretes úteis do livro, aplicados ao jogo de escrever no LinkedIn:
- calibre a antena: esteja presente. O detalhe que só você notou pode render um post.
- procure pistas: se uma frase ou ideia insiste em reaparecer, anote — ela é sinal.
- pratique: crie pequenos rituais (como revisar rabiscos toda manhã). Eles afinam seu radar.
- mergulhe: escolha bem o que consome. Feed limpo → ideias mais claras.
Além dessa newsletter, um post meu recente lá no LinkedIn também nasceu de uma linha sublinhada no livro:“mudar o instrumento pode mudar a música”.
Não estava falando sobre guitarra, instrumento que toco, mas sobre migrar do caderno pro feed — e isso virou conteúdo direto sobre workflow criativo.
prática
3 passos práticos que você pode aplicar já:
