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🧩 CQC #27 | original?

Originalidade não é criar do zero – é dar forma própria ao que já existe

inspiração da semana (passada)

Você já desenhou a própria cabeça? Não literalmente, mas as conexões que se formam quando tenta organizar tudo o que acredita, vive e quer compartilhar com o mundo?

Fiz isso esses dias e contei direitinho na edição passada. Peguei uma folha, escrevi “posicionamento” no centro e comecei a puxar setas pros temas que sustentam meu trabalho. Desses rabiscos nasceu uma árvore. E um dos galhos mais importantes é a originalidade.

(Aliás, já falei sobre o assunto na edição #8. A ideia era misturar formatos – educação e storytelling – em proporções diferentes pra gerar frescor. A mesma lógica vale no texto de hoje. Só que, em vez de misturar estruturas, o desafio é misturar referências internas: sua voz, suas experiências e o jeito como você enxerga o mundo.)

Quando o assunto é conteúdo, sabe o que faz algo soar autêntico, memorável, impossível de ignorar?

Spoiler: não é usar fórmulas prontas nem enfileirar gatilhos mentais.


originalidade ≠ novidade

Muita gente ainda confunde os dois. E por isso trava.
Fica esperando surgir uma ideia 100% inédita, revolucionária, nunca dita antes.

Mas aqui vai uma provocação direta:

Você não precisa inventar nada. Precisa apenas dizer – do seu jeito – aquilo que só você viveu e aprendeu.

Ser original é contar a história com uma lente só sua.
É explicar um conceito comum usando as próprias palavras.
É fazer perguntas que vieram da sua experiência, não do chatGPT.

Ela aparece quando você rejeita o template viral pra escrever do seu jeito.
Quando escreve como fala, mesmo que soe "informal demais"
Quando usa suas experiências como matéria-prima do conteúdo.


como criar conteúdo com originalidade?

Aqui vão 3 exercícios práticos (que você pode fazer com papel e caneta mesmo):

1. Volta ao passado
Liste 3 situações do seu trabalho onde você:

  • aprendeu algo importante
  • falhou e tirou uma lição
  • ouviu um conselho que nunca esqueceu

Essas histórias são minas de ouro. Não precisam ser épicas – precisam ser autênticas.

Exemplo: “Eu achava que conteúdo bom era aquele cheio de referências e parágrafos longos. Até perceber que meus posts só funcionavam quando eu escrevia como se estivesse mandando um áudio de WhatsApp.”

2. Releia algo que você já postou
Volte em um post antigo e se pergunte:

  • O que faltou de mim nesse texto?
  • Onde eu me escondi atrás de jargões ou fórmulas?
  • Como eu contaria isso hoje?

O exercício de reescrever a si mesmo é um ótimo termômetro de evolução – e fonte de novos posts.

3. Fricção diária
Todo dia, anote uma frustração ou uma dúvida que surgiu na sua rotina profissional.

Pode ser algo bobo (“por que todo mundo reposta sem contexto no LinkedIn?”) ou algo mais profundo ("por que eu me saboto quando preciso me mostrar?”)

Essas perguntas são sementes originais de conteúdo. Porque vieram da sua vivência real.


usando o CQC•GPT

Já tentou usar a IA pra articular ideias? Eu usei o CQC•GPT – uma IA treinada com a minha metodologia pra te ajudar a criar conteúdo com profundidade e originalidade.

Pedi pra me ajudar a organizar os pensamentos provenientes dos meus rabiscos: joguei a ideia da árvore, destaquei o galho da originalidade e pedi ajuda pra transformar esse insight em post.

A resposta me fez ver o que tava ali o tempo todo, só mal formulado.

Tente você também.

Aqui vai um prompt possível:

✍️ "Tenho a impressão de que meu conteúdo anda parecido com o de todo mundo. Como posso recuperar o frescor das minhas experiências pra criar algo que reflita minha perspectiva única?"

(você pode compartilhar como ele suas anotações para refinar ainda mais seus resultados)

👉 Clique aqui para conversar com o CQC•GPT (as conversas são particulares; eu não tenho acesso a nada que você escrever ali)


Na era da IA, a pergunta mais relevante que você pode se fazer ao criar conteúdo é:

“Isso aqui só poderia ter sido escrito por mim?”

Sim? Você está no caminho certo. Não? Talvez você esteja repetindo o que já ouviu, ao invés de compartilhar o que viveu.

E isso, no fim do dia, faz toda a diferença entre um post memorável e mais um que passa batido.


quer mais ferramentas?

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A originalidade no conteúdo está diretamente ligada à sua capacidade de prestar atenção no que vive, sente, percebe e no que te incomoda.

Que parte da sua trajetória profissional você ainda não contou, mas sabe que poderia inspirar ou provocar alguém que está alguns passos atrás?

Responda isso num post. Ou me conta aqui – quero ver o que só você pode dizer.


📌 na próxima edição: propósito

Outro galho importante da árvore — e um dos mais distorcidos.

Não vou te perguntar qual é o seu propósito de vida.

Vou te ajudar a enxergar como ele aparece, mesmo que você ainda não tenha dado um nome a ele.

Até o feed,
Daniel Damico


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